Disciplina Curricular

Microbiologia Mic

Licenciatura Bolonha em Biologia - LB 2010-2011

Contextos

Grupo: LB 2010-2011 > 1º Ciclo > Tronco Comum

Período:

Peso

6.0 (para cálculo da média)

Objectivos

- Reconhecer a ubiquidade e a diversidade dos micróbios.
- Experimentar as técnicas básicas de isolar e cultivar micróbios.
- Saber controlar e quantificar o crescimento de populações microbianas.
- Compreender aspectos básicos da transferência de genes em bactérias.
- Reconhecer o papel dos micróbios na cadeia alimentar, na reciclagem da matéria e na Biotecnologia.

Programa

1. Apresentação da UC: objectivos, métodos de ensino/aprendizagem, conteúdo programático e método de avaliação. Formação de grupos de trabalho e apresentação e selecção dos temas para o seminário. Calendarização de actividades.
1.1. A Microbiologia no laboratório. A ubiquidade dos microrganismos; como lidar com os micróbios.
1.2. Normas de Segurança no Laboratório de Microbiologia.

2. Microscopia: Introdução ao tema.
2.1. Microscopia: princípios teóricos e procedimentos experimentais para a observação de microrganismos; iluminação Koehler; resolução; ampliação máxima útil.
2.2. Execução de preparações: coloração de microrganismos - após realização de esfregaço - simples e de Gram. Coloração vital em preparações a fresco.

3. Observação e caracterização de microrganismos.
3.1. Observação e caracterização dos principais grupos de microrganismos celulares – bactérias, bolores, leveduras, protozoários, algas - organização, estrutura e função.
3.2. A unidade e a diversidade genética e molecular entre os seres celulares. Evolução microbiana e taxonomia.

4. Fundamentos dos sistemas classificativos e das relações filogenéticas dos seres celulares. Bacteria, Archaea e Eukaria.
4.1. Morfologia celular das células eucarióticas.
4.2. Morfologia celular das células procarióticas.
4.3. Ribossomas e rRNAs.

5. Exigências nutricionais dos microrganismos
5.1. Estratégias microbianas para a obtenção de energia; respirações aeróbicas e anaeróbicas; fermentações.
5.2. Categorias nutricionais baseadas nas fontes de carbono e energia.
5.3. Fermentações microbianas: alimentos produzidos por via microbiana - produtos lácticos, conservas vegetais, bebidas alcoólicas.

6. Cultura e isolamento de microrganismos
6.1. Tipos de meios de cultura.
6.2. Parâmetros físicos e químicos que controlam o crescimento dos microrganismos: temperatura, pH, aw, O2.
6.3. Isolamento em cultura pura: método das placas de mistura e métodos do espalhamento e do riscado em placa.

7. Crescimento e morte de populações
7.1. Crescimento populacional. Crescimento em estado planctónico e em biofilme. O fenómeno de quorum sensing.
7.2. A dinâmica do crescimento de populações microbianas: a taxa específica de crescimento e o tempo de geração.
7.3. Morte de populações. A taxa específica de morte. Fundamentos e importância do controlo de microrganismos e dos parâmetros que condicionam o seu crescimento.
7.4. Alteração microbiana de alimentos.

8. Controlo de microrganismos
8.1. Agentes físicos. Definições de esterilização, pasteurização, desinfecção, sanificação, desinfectante, antisséptico. Factores que influenciam a eficácia de um agente antimicrobiano. Definição de tempo de redução decimal (D). Filtração e radiação.
8.2. Agentes químicos. Diferentes exemplos de agentes químicos usados como desinfectantes, antissépticos e esterilizantes.
8.3. Os antibióticos. A descoberta da penicilina. Definição de antibiótico. Mecanismos de acção dos antibióticos. Formas de resistência das bactérias aos antibióticos. O problema das super-infecções.
8.4. Métodos qualitativos e quantitativos para avaliação da susceptibilidade aos antibióticos: difusão em disco; e-teste; concentação mínima inibitória (CMI) e concentração mínima bactericida (CMB).

9. Avaliação quantitativa de populações
9.1. Métodos de avaliação do crescimento microbiano: directos e indirectos.
9.2. Determinação do número de células por contagem directa em câmara de contagem.
9.3. Determinação do número de células viáveis (unidades formadoras de colónias – UFCs) em placas de meio de cultura.
9.4. Avaliação do número total de microrganismos por turbidimetria: a lei de Lambert-Beer.

10. Identificação/discriminação de microrganismos
10.1. Actividades bioquímicas dos microrganismos utilizadas na identificação e na caracterização de bactérias:
10.2. Galerias miniaturizadas, ex. API.
10.3. Métodos moleculares para a identificação e discriminação de microrganismos.

11. Genética bacteriana
11.1. Organização e transferência da informação genética em bactérias; transformação, transdução e conjugação.
11.2. Os bacteriófagos: fagos líticos e fagos lisogénicos.
11.3. Plasmídeos: genes de resistência e sua disseminação.
11.4. Biotecnologia microbiana: aspectos introdutórios.

12. Ecologia Microbiana
12.1. Interacção micróbio/animal: Microrganismos patogénicos - postulados de Kock. Microrganismos probióticos. A microbiologia do rúmen.
12.2. Interacções planta/micróbio: Leguminosas/Rhizobium. Raízes/micorrizas. Microrganismos fitopatogénicos.
12.3. Tratamento de efluentes: lamas activadas, lagoas e leitos percoladores.
12.4. Biorremediação: redução ou remoção de contaminações ambientais.
12.5. Microbiologia do solo: os microrganismos e os ciclos biogeoquímicos.

TRABALHOS PRÁTICOS (TP)
Normas de Segurança no Laboratório de Microbiologia
Tema 1- Microscopia
TP1.1. Uso do microscópio composto
TP 1.2. Execução de preparações

Tema 2 – Ubiquidade: O mundo microbiano (prospecção preliminar)
TP 2.1. Observação de micróbios em habitat natural
TP 2.2. Observação de micróbios em cultura pura

Tema 3 – Cultura e isolamento de microrganismos
TP 3.1. Os materiais: preparação e manipulação
TP. 3.2. Os meios de cultura: constituição e preparação
TP 3.3. Métodos de isolamento: aplicação ao isolamento de uma levedura

Tema 4 – Controlo de microrganismos
TP 4.1. Factores físicos
TP 4.2. Factores químicos
TP 4.3 Factores biológicos: antibiose

Tema 5 – Avaliação quantitativa de populações
TP 5.1. Métodos de contagem: câmaras de contagem
TP 5.2. Métodos de contagem: turbidimetria e placas

Tema 6 – Identificação de Bactérias
TP 6.1. Provas mais usadas para a identificação de bactérias
TP 6.2. Provas bioquímicas em sistemas miniaturizados

Tema 7 – Bacteriófagos
TP 7. Titulação de um lisado em placa do fago T4 de Escherichia coli

Tema 8 – Interacção micróbio/planta
TP 8. Observação de nódulos de leguminosas e de micorrizas

A maioria dos TPs foram adaptados de: Marques-Pinto, C.A.R. e Galhardo, Maria Isabel, J.P.A.T. (1983). Trabalhos Práticos de Microbiologia”, Associação de estudantes de Agronomia, Lisboa (266 pgs).

Métodos de ensino e avaliação

Métodos de Avaliação

1. Obtenção de frequência
Adquirem frequência na disciplina, e, assim o direito de serem admitidos a exame final, os alunos que tenham participado em 80% das aulas teóricas/práticas (máximo 5 faltas). A frequência permanece válida no ano em que é obtida e nos dois anos letivos seguintes, desde que não se verifique uma alteração substancial no programa da UC.

2. Avaliação

2.1. Avaliação contínua

Os vinte valores correspondentes à classificação final da UC serão distribuídos do seguinte modo:
a) 20% para uma avaliação prática realizada em grupo.
b) 20% para um seminário apresentado em grupo.
c) 60% para a classificação obtida em 2 testes individuais que incidirão sobre a matéria versada nos diferentes módulos (aulas de exposição e aulas laboratoriais) anteriores.
Embora a avaliação seja realizada em grupo, a atribuição da classificação é individual.

Teste de avaliação prática:
Os alunos serão submetidos a avaliação de prática laboratorial, na data calendarizada, durante o período da aula. O tema da avaliação será apresentado ao grupo. Os alunos deverão colaborar activamente na resolução do problema apresentado.
Durante a realização do trabalho, os alunos que poderão consultar os seus apontamentos em papel, serão avaliados individualmente. Embora o tema proposto possa ser resolvido em grupo, a classificação atribuída será individual.

Seminário:
Os alunos em grupos apresentarão um seminário, na data calendarizada, no âmbito dos conteúdos da UC, que não deverá exceder 15 minutos. Nos seminários, um grupo de alunos investiga/estuda intensivamente um tema recorrendo a fontes originais de informação.
Até dez dias antes da apresentação do seminário, os alunos deverão apresentar um resumo do trabalho (ficheiro word), com o respectivo sub-tema, que não deverá exceder as 200 palavras. Será previamente fornecido um modelo de apresentação do resumo.
Até uma semana antes da apresentação do seminário, o ficheiro (ppt) deverá ser enviado à Professora.
A qualidade das apresentações (em termos gráficos, de clareza de comunicação oral e escrita, da gestão do tempo disponível, do conteúdo e da demonstração do nível de conhecimentos na discussão) será contabilizada na avaliação final dos trabalhos.
No final do seminário, seguir-se-á um pequeno período de questões a serem respondidas de modo individual, uma vez que o seminário será apresentado em grupo, mas a classificação atribuída será individual.
Em cada avaliação (testes, seminário, avaliação prática), os alunos deverão ter uma classificação igual ou superior a oito (8) valores. Os alunos que obtiverem, na avaliação contínua, uma classificação igual ou superior a onze (11) valores serão dispensados de exame final. No caso da classificação obtida através da avaliação contínua ser inferior a 11 valores, os alunos terão de ser sujeitos a exame final, versando toda a matéria da disciplina.

2.2. Exame final
Têm acesso a exame final todos os alunos que satisfaçam as condições de obtenção de frequência. O exame final consta de uma prova escrita que versará sobre toda a matéria da respectiva disciplina. Os alunos deverão ter no exame final uma classificação igual ou superior a dez (10) valores. Para o apuramento da classificação final, esta prova tem o peso de 60% e a avaliação contínua o peso de 40%.

2.3. Melhoria de nota
Quando a melhoria de nota na UC é requerida no ano lectivo em que o aluno frequentou a UC, para o apuramento da classificação final, a nota do exame tem o peso de 60% e a avaliação contínua tem o peso de 40%.
Quando a melhoria de nota na UC é requerida num ano lectivo diferente daquele em que o aluno frequentou, não conta a nota da avaliação continua. Em caso de melhoria, a nota do exame será a nota final da UC.

Disciplinas Execução

2023/2024 - 1º semestre

2022/2023 - 1º semestre

2021/2022 - 1º semestre

2020/2021 - 1º semestre

2019/2020 - 1 semestre

2018/2019 - 1 Semestre

2017/2018 - 1 Semestre

2016/2017 - 1 Semestre

2015/2016 - 1 Semestre

2014/2015 - 1 Semestre

2013/2014 - 1 Semestre