Universidade de Lisboa
Instituto Superior de Agronomia
Departamento de Recursos Naturais, Ambiente e Território
Licenciatura em Arquitectura Paisagista
Ano lectivo de 2018-2019
1º ciclo do 3º ano
Unidade curricular: Vegetação Aplicada a Projecto de Arquitectura Paisagista
A. Conteúdo
Pretende-se, na unidade curricular de Vegetação Aplicada a Projecto de Arquitectura Paisagista, fornecer os conhecimentos necessários e suficientes sobre Material Vegetal de modo a habilitar o aluno a conhecer e a manipular o material com que irá projectar e construir projectos de arquitectura paisagista. Assim, serão abordados os seguintes temas:
- Noções básicas de botânica;
- Identificação de espécies da flora autóctone e exótica, com recurso a meios audiovisuais e a visitas de campo a parques e a jardins;
- Estudo das espécies botânicas em termos das suas características, exigências ecológicas e utilização em diferentes situações;
- Descrição das principais operações culturais e métodos de propagação de plantas;
- Desenvolvimento de planos de plantação e de sementeira e sua relação com o projecto de zonas verdes nas vertentes estética, técnica e económica. Preparação de peças escritas e desenhadas relativas aos planos de plantação e de sementeira (árvores, arbustos e herbáceas) de um projecto de arquitectura paisagista;
- Elaboração de cadernos de encargos de obra e de manutenção e prática de tarefas de Manutenção de jardins (Caso prático no Jardim Botânico da ajuda)
B. Horário das Aulas
As aulas terão lugar às quintas-feiras das 9:30 – 12:30 visitas aos jardins e às sextas feiras das 9:00 – 12:00 aula prática no Jardim Botânico Ajuda ou na Tapada da Ajuda (de acordo com calendário da programação das aulas).
- Herbário/Caderno de apontamentos de espécies botânicas (15% da nota final). Trabalho Individual. Herborização de material vegetal, fotografias e/ou desenhos acompanhado de ficha de identificação da espécie de acordo com critérios a definir. Este caderno poderá, também, ser utilizado para: recolher material e registar a sua impressão, através de desenhos e/ou breves comentários; registar situações que lhe pareçam de interesse, tanto exemplos que mereçam críticas como exemplos que funcionam bem, através de desenhos esquemáticos, fotografias, recortes de revistas, etc. (é importante registar os locais e as datas onde as situações ocorrem, bem como as suas dimensões); registar análises de cor na paisagem, contrastes, luz/sombra, material inerte/material vegetal; recolher exemplos encontrados em livros, mas que não ultrapassem 1/3 da totalidade do trabalho; este caderno convém ter dimensões reduzidas para poder ser transportado com facilidade de forma a registar situações diversas, podendo até vir a tornar-se um hábito da Vossa carreira profissional. Entrega do trabalho em no dia da 2ª chamada de VAAP (de acordo com o calendário de exames do Conselho Pedagógico).
- Trabalho prático, trabalho em grupo de dois alunos (20% da nota final). Elaboração de planos de plantação. Estudo da Cor. Caderno de Encargos. Estimativa de Custos.
- Teste oral de avaliação individual (25% da nota final), para identificação da vegetação, no início de Junho 2019.
- Teste escrito de avaliação individual (40% da nota final), data de acordo com o calendário de exames do Conselho Pedagógico (a nota do teste escrito tem que ser ≥ 9,5 valores numa escala de 0 a 20 valores).
Nota final – será o somatório das diferentes classificações obtidas (15% herbário/caderno de apontamentos + 20% trabalho prático + 25% teste oral + 40% teste escrito). ATENÇÃO: para a obtenção de frequência da cadeira é necessário cumprir todos estes elementos de avaliação.
D. Bibliografia recomendada
CABRAL, F. C. C. e TELLES, G. R., 1999. A Árvore em Portugal, Assírio & Alvim, 203 pp.
CAIXINHAS, M. L., 1994. Flora da Estufa Fria de Lisboa. Editorial Verbo, Lisboa. 143 pp.
CAIXINHAS, M. L., 2002. Cactos e Outras Plantas Suculentas na Estufa Doce de Lisboa. Editorial Verbo, 135 pp.
CHANES, R., 1979. DEODENDRON, Arboles y arbustos de jardín en clima templado. Editorial Blume, Barcelona.
COUTINHO, A. X. P., 1913. A Flora de Portugal.
D-G DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS, 1996. Nomes Vulgares de Plantas Existentes em Portugal. Fátima Rocha. Ed. de: Protecção da Produção Agrícola, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
FABIÃO, A. M. D., 1996. Árvores e Florestas. Colecção EUROAGRO, Publicações Europa-América, 228pp.
FERNANDES, R. B.,1972. Vocabulário de Termos Botânicos. In Anuário da Sociedade Broteriana, 38: 181-292.
FONT QUER, P., 1993. Dicionário de Botânica. Barcelona. Editorial Labor, S. A.
GIBBONS, Martin. 1997. Palms. Apple identifier.
GONZALEZ, G.L., 1991. La Guia de Incafo de los Arboles y Arbustos de la Peninsula Iberica. Incafo S.A., Madrid.
HENRIQUES, C. G. C.; FERRÃO, S. I. C. B., 1995. Contribuição para o estudo da vegetação arbustiva utilizada em espaços verdes públicos de Lisboa. Trabalho Final do Curso de Arquitectura Paisagista. Instituto Superior de Agronomia, Lisboa.
HUMPHRIES, C. J.; PRESS, J. R.; SUTTON, D. A., 1996. GUIA FAPAS – Árvores de Portugal e Europa. FAPAS, Porto.
LA-GRANGE, P. M. F. C. B., 1997. Herbáceas Ornamentais. Caracterização Botânica e Ecológica. Trabalho Final de Curso de Arquitectura Paisagista. Instituto Superior de Agronomia, Lisboa.
MARCHANTE, E., FREITAS, H. e MARCHANTE, H., 2010. Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras de Portugal Continental. Imprensa da Universidade de Coimbra. 183 pp.
MOREIRA, J. M. M., 2008. Árvores e Arbustos em Portugal. Argumentum. 312 pp.
ROCHA, F., 1996. Nomes Vulgares de Plantas Existentes em Portugal. Edição de: Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, D-G de Protecção das Culturas, Protecção da Produção Agrícola. Lisboa.
RODRIGO, Joaquim. 1955. Jardinagem. Biblioteca Rural. Livraria Luso-Espanhola.
THE ROYAL HORTICULTURAL SOCIETY, 1996. Encyclopedia – Plants and Flowers. Dorling Kindersley Limited, London.
THE ROYAL HORTICULTURAL SOCIETY, 1996. A-Z Encyclopedia of Garden Plants. Dorling Kindersley Limited, London.
VIÑAS, F.N., 1995. El arbol en Jardineria y Paisagismo. Guia de aplicación para España y paises de clima mediterráneo y templado. Ediciones Omega, S. A., Barcelona.
A responsável da UC de Vegetação Aplicada ao Projecto de Arquitectura Paisagista
Ana Luísa Soares